19 fevereiro 2013

Usura, lucro, e Empréstimos: Um breve Sumário do Ensinamento Bíblico, com Bibliografia - Gary North


Cristãos possuem um vago entendimento que a Bíblia proíbe empréstimos a juros, mas eles não conseguem achar todas as passagens que se referem a este assunto, mesmo assim eles possuem contas bancárias e hipotecas. Eles não se sentem culpados, mas alguns poucos se sentem receosos.

Eu tenho boas noticias e más noticias. É correto depositar dinheiro no banco e lucrar sobre isto, esta é a boa noticia. É desaconselhável emprestar dinheiro para comprar qualquer coisa que não venha produzir lucros ou para suprir emergências. Esta é a má noticia para a maioria dos cristãos.
Por bem mais de mil anos, teólogos cristãos têm debatido no problema sobre lucro através de empréstimos. Eles tem se apoiado muito em Aristóteles, que proíbe o lucro, e muito pouco na Bíblia. Eles têm interpretado incorretamente a Bíblia, não tem compreendido o que ela diz. Inclusive não tem tido influencia alguma no que se refere a empréstimos e finanças por mais de três séculos.
Eles compreenderam a história de forma errada. O que me qualifica a dizer isto? A razão é por que eu realizei um trabalho que nunca havia sido feito. Escrevi 9.000 páginas exegeticamente ( versículos por versículo) sobre passagens da Bíblia que se relacionam de qualquer forma a economia.
Iniciei este projeto em 1973. Eu completei a exegese sobre tudo no Velho Testamento, exceto em Salmos e nos livros históricos: Josué a Segunda Crônicas. Terminei todo o Novo testamento exceto João, que possui somente três versículos, Marcos, que não adiciona nada (sobre economia) do que aquilo que Mateus e Lucas já oferecem. Você pode baixar de graça  estes comentários no link abaixo:
Então, eis um sumário sobre o que a Bíblia diz sobre questões como usura, lucro e empréstimos.
Usura.
A palavra em português “ usura” não possui nada de especifico com as palavras em Hebraico e Grego traduzidas como “ usura”. Isto ocorre por que, historicamente, a palavra tem sido usada de um modo especifico: “ lucrar bastante ”.
Não existe um único versículo, nenhum indicio, na Bíblia que conseguir bastante lucro seja errado.
O que é proibido em Deuteronômio 15: 1-7 e em Deuteronômio 23 é lucro em qualquer tipo de empréstimo, em qualquer forma que seja concedido a um irmão na fé que seja pobre. É perfeitamente correto emprestar com lucro a alguém que não seja da fé. Aqui, cito da King James ( 1611), pois a terminologia “ usura” é de uma fonte familiar ao debate sobre usura.
Tu não emprestarás com usura a teu irmão, usura de dinheiro, a usura de comida, nem de qualquer coisa que se empresta a juros: Para um estrangeiro tu poderás emprestar com usura; mas para o seu irmão não emprestarás; para que o Senhor teu Deus te abençoe em tudo que puseres a mão para fazer na terra que tu vás para possuí-la( Deuteronômio 23: 19-20).
A palavra hebraica traduzida como “usura” é nawshak que significa “ mordida”. Exemplos:
Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto a vereda, que mordeos calcanhares dos cavalos, de modo que caia seu cavalheiro para trás. (Genesis 49:17)
Então o Senhor enviou entre o povo serpentes abrasadoras, que o mordiam; e morreu muita gente em Israel. ( Números 21:6)
A palavra de modo nenhum significa “excessivo”. Não significa pagamento com juros de forma alguma.
A proibição se aplica somente empréstimos de caridade a irmãos pobres e para uma categoria especial de residentes estrangeiros, homens que se submeteram a lei Mosaica. O texto é bem especifico.
Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como credor; nem porá sobre ele usura. (Êxodo 22:25)
Também, se teu irmão empobrecer ao teu lado, e lhe enfraquecerem as mãos, sustentá-lo-ás; como estrangeiro e peregrino viverá contigo. Não tomarás dele juros nem ganho, mas temerás o teu Deus, para que o teu irmão viva contigo. Não lhe darás o teu dinheiro a juros, nem os teus viveres por lucro. (Levitico 25:35-37)
A palavra hebraica traduzida aqui como “ estrangeiro” é diferente da palavra hebraica para “ estrangeiro” em Deuteronomio 23:20. O estrangeiro em deuteronômio era um residente temporário, provavelmente um homem de negócios.
Como um empréstimo de caridade se diferencia de um empréstimo comercial? Um empréstimo de caridade tinha as seguinte características:

1.   Não haveria pagamento com juros.
2.   Ele era moralmente obrigatório
3.   Se o devedor não paga-se, ele poderia ser vendido como escravo.
4.   O empréstimo tinha um limite de seis anos, assim como prazo de escravidão.
5.   O credor tinha que prover ferramentas de produção para o trabalhador escravo no final do período de escravidão.
6.   O dia da libertação era no dia da expiação ( yom kippur) no ano sétimo ( sabático) da nação.
7.   Isto não era papel do governo civil.
Isto está apresentado em Deuteronômio 15-1-7 e em Levitico 25:1-9.
Um empréstimo sem propósitos de caridade poderia ser garantido por um pedaço de terra. Aquele que tomava emprestado podia ficar sem a sua terra por 49 anos se fosse inadimplente. O limite de 49 anos foi estabelecido em função dos períodos sabaticos de sete anos cada: sete anos vezes sete. Isto é apresentado em Levitico 25, o capitulo sobre o ano do Jubileu.
O empréstimo sem fins de caridade não estava debaixo da restrição de não se cobrar juros. A pessoa que não paga um empréstimo comercial que não fosse assegurado por um pedaço de terra poderia ser vendida como um escravo, mas de uma única forma. Ele deveria receber salário. Também, não receberia ferramentas para produção ao fim do seu período de serviço. Este prazo poderia durar até 49 anos.
Também, se teu irmão empobrecer ao teu lado e vender-se a ti, não o fará servir como escravo. Como jornaleiro, como peregrino estará ele contigo; até o ano do jubileu te servirá; então sairá do teu serviço, e com ele seus filhos, e tornará a sua família, á possessão de seus pais.( Levitico 25:39-41)
Eu escrevi duas versões de Levitico: A versão Resumida para o Leitor ( 750 paginas) e a versão completa ( 4 volumes), chamada Limites e Domínio.
Jesus anulou as Leis do Jubileu.
Jesus anulou as Leis do Jubileu, Ele anunciou a libertação.
Chegando a Nazaré, onde fora criado; entrou na sinagoga no dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Foi lhe entregue o livro do profeta Isaias, e abrindo-o, achou o lugar em estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração de vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e proclamar o ano aceitável do senhor. E fechando o livro, devolveu ao assistente e sentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos Nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos. ( Lucas 4: 16-21)

Se Ele não anulou Levitico 25, então a lei mosaica sobre escravidão continua valendo. Esta é a única passagem na Bíblia que autoriza escravidão entre as gerações.
E quanto aos escravos ou às escravas que chegares a possuir, das nações que estiverem ao redor de vós, delas é que os comprareis.
Também os comprareis dentre os filhos dos estrangeiros que peregrinarem entre vós, tanto dentre esses como dentre as suas famílias que estiverem convosco, que tiverem eles gerado na vossa terra; e vos serão por possessão.
E deixá-los-eis por herança aos vossos filhos depois de vós, para os herdarem como possessão; desses tomareis os vossos escravos para sempre; mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não dominareis com rigor, uns sobre os outros 
Levítico 25:44-46
Leia meus comentários sobre esta passagem em meus comentários sobre leviticos 25 e Lucas 4: 16-21. Veja também o capitulo 4 de meu livro, Ferramentas de Dominio: O Caso das Leis de Êxodo.
Aquele que nega que Jesus anulou as Leis do Jubileu deve aos seus seguidores uma explicação do porque as leis Mosaicas que autorizam a escravidão entre gerações não continuam vigor. Levitico 25: 44-46 foi amplamente citado pelos defensores do sistema de escravidão do Sul antes de 1865. Eu penso não ser sábio ressurgir com isto agora. Exceto pelas palavras de Jesus em Lucas 4, não existe nenhuma anulação implícita ou explicita sobre escravidão entre gerações no Novo testamento.
Em resumo, o cristão que cita as leis Mosaicas contra o lucro tem muito o que explicar. Ele precisa compreender melhor as implicações de sua posição.
As leis Mosaicas que regem a tomada de juros sobre os empréstimos de caridade foram aspectos do ano sabático nacional, incluindo o fornecimento crucial, o período de seis anos de escravidão. Isto tudo acabou quando Israel desapareceu como nação no ano 70 depois de Cristo. Estas leis não foram reestabelecidas no Novo testamento.
Conclusão: as Leis Mosaicas que governam os empréstimos de caridade foram extintas. Não existe mais ano sabático e nem mais o ano do Jubileu.

Jesus autorizou lucro.
Na parábola dos talentos, que lida com o Julgamento Final, Jesus fala sobre três mordomos. Um home rico os coloca responsáveis sobre o seu dinheiro. Então ele deixa a cidade. Quando ele retorna, ele demanda uma prestação de contas. Um dos mordomos multiplicou os cinco talentos em dois por um. O segundo multiplicou os seus dois talentos em dois por um. O terceiro enterrou as moedas no chão as quais ele retornou ao dono. Eis a resposta do dono, que simboliza o Dia do Julgamento de Deus.
Devias então entregar o meu dinheiro aos banqueiros e, vindo eu, tê-lo-ia recebido com juros.
Tirai-lhe, pois, o talento e dai ao que tem os dez talentos.
Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado.
E lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. 
Mateus 25:27-30
Se cobrar lucro não fosse legitimo, por que então Jesus usou este exemplo de dinheiro emprestado como um modo legitimo de aumento de capital? Por que Ele atribuiria a Deus tamanhas palavras de julgamento por não terem emprestado com juros?
Os comentaristas cristãos que dizem que usura é proibida, significando todo tipo de empréstimo, preferem não mencionar a existência desta passagem, muito menos explica-la.

Conclusão
A lei Mosaica proíbe lucro sobre uma classe limitada de empréstimos: empréstimos de caridade para companheiros Israelitas e residentes estrangeiros. Não proíbe lucros sobre qualquer outro tipo de empréstimo.
Empréstimos de caridade devem ser cancelados no sétimo ano, de uma vez. Empréstimos coletados em terras rurais devem encerrar no ano do Jubileu. A terra devolvida aos seus donos da geração conquistada.
O sistema do ano sabatico e o do ano do Jubileu foram anulados por Jesus e se encerram quando Israel cessou de existir como uma nação.
Jesus autorizou empréstimos a juros.
Original: Aqui 
Tradução: João Vitorino Franco Filho

14 fevereiro 2013

Por que a masturbação é um pecado?


 “O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido.  A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher.” (1 Coríntios 7.3-4)

Há certas coisas que inicialmente podem não parecer muito claras na Bíblia, e é interessante notar que mesmo havendo indícios da prática da masturbação na literatura egípcia antiga[1]não há em nenhum trecho da Bíblia uma proibição explicita da masturbação. Com base nisso há aqueles que veem a masturbação como uma prática que não deveria ser condenada, há outros que argumentam que ela só pode ser pecaminosa se acompanhada de pensamentos pecaminosos, mas se fossemos considerar as coisas desse modo o pecado seria os pensamentos (acompanhados ou não da masturbação) e a masturbação em si não seria o problema.
Porém gostaria de argumentar, considerando que “Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela.”[2]Que a masturbação, independentemente de estar ou não acompanhada de pensamentos pecaminosos é um pecado.
Para isso vamos a Bíblia.
Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” (Gênesis 1.26-27)
Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gênesis 2.24)
Esses dois textos falam de um período anterior a queda, é interessante notarmos que o sexo não surgiu da queda sendo uma ordenança da criação (a queda faz com que o homem fizesse mau uso do sexo, mas o sexo em si não é mal). Notamos nesses textos que o sexo foi criado para ser desfrutado entre homem e mulher, dentro de uma relação de casamento, já que Genêsis 2.24[3]fala da instituição do casamento, mesmo se não tivéssemos nenhum texto condenando a fornicação, o adultério, o homossexualismo, a poligamia e a bestialidade esse princípio é o suficiente para compreendermos essas práticas como pecaminosas (o que é confirmado em outros textos bíblicos).
Com base nisso, podemos compreender a masturbação como uma prática sexual que foge desse princípio, pois o ato sexual foi criado para ser desfrutado entre o homem e a mulher e não entre o homem e si mesmo e a mulher e si mesma. Dentro da relação de casamento o homem satisfaz sexualmente a mulher e a mulher ao homem e não há lugar para uma auto-satisfação sexual.
O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido.  A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher.”
Ainda que não haja um mandamento “não se masturbarás” baseado nos princípios para os quais o sexo foi criado podemos compreender que independentemente de estar ou não acompanhado de pensamentos pecaminosos a masturbação é um pecado.
Depois de tentar de forma breve e simples argumentar porque é pecado masturbar-se, queria deixar uma palavra a todos que lutam contra esse pecado. A Bíblia constantemente nos dá ordens que não temos capacidade de cumprir por nós mesmos, lutar sozinho contra essa prática é com certeza travar uma luta perdida, devemos buscar refúgio em Cristo e compreender o sexo como um dom de Deus, dom esse que deve ser guardado para uma relação monogâmica heterossexual na qual Deus será glorificado.

Autor: Ivan Junior


[1] Erwin Lutzer cita isso em um texto em que fala sobre a masturbação http://www.monergismo.com/textos/sexualidade/masturbacao-errado_lutzer.pdf
[2] CFW VI
[3] Essa ideia é fortalecida por citações de Cristo em Matues 19.4-6 e de Paulo em Efésios 5.22-33.

01 fevereiro 2013

Breves considerações sobre o homossexualismo



Se há uma arma, a qual tem sido usada pelo mundo para atacar a verdadeira Igreja Cristã, essa tem sido a chamada agenda gay. Portanto, cabe a nós como cristãos sabermos como lidar com esse assunto, e nessa postagem farei algumas considerações em relação ao assunto.

1. O Homossexualismo é pecado
Vemos em Gênesis (Gênesis 1.27) que Deus criou o homem e a mulher, e estabeleceu o casamento entre eles (Gênesis 2.24). Deus condenou Sodoma por esse pecado (Gênesis 18.20-19.29). Em Levíticos o ato de homossexualismo é claramente reconhecido como abominação (Levíticos 18.22). Tudo isso ainda é confirmado no Novo Testamento por Paulo (Romanos 1.26-32; 1 Coríntios 6.9-11).
2. O Fato de alguém nascer ou não assim é irrelevante a questão
"Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe." (Salmo 51.5) Todos nascemos pecadores, essa é a condição de todos os homens (Romanos 3.23), e herdamos essa condição de Adão (Romanos 5.12). Portanto ainda a ciência "provasse"[1] que alguém nascesse assim isso não muda em nada essa questão. Ou alguém diria que a mentira não seria pecado se alguém nascesse mentiroso? O fato de muitos evangélicos se preocuparam em querer provar que ninguém nasce assim, como se isso fizesse diferença mostra o quão Pelagiano[2] eles são.
3. Devemos pregar aos homossexuais e receber os arrependidos em nossas igrejas
Ainda que todos herdemos a condição pecaminosa de Adão, "Se pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo" (Romanos 5.17) .Pouco depois de Paulo falar sobre o pecado do homossexualismo, ele diz "Tais fostes alguns de vós, mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1 Coríntios 6.11). Portanto, em Cristo, há esperança para os homossexuais.
Todavia, é importante lembrarmos uma coisa, nenhum cristão se torna totalmente perfeito e santo após converter-se, e não há indicação na Bíblia que o homossexualismo seja diferente de outros pecados. Alguns cristãos veem o homossexualismo de maneira diferente de outros pecados como se a pessoa não se tornasse totalmente santa após converter-se em relação a esse pecado ela seria condenada. Lembremos que na lista de Paulo daqueles que não herdarão o reino de Deus estão avarentos e maldizentes (1 Coríntios 6.10-11). O que quero dizer com isso? Um homossexual que acha que não há nada errado com o que faz, que se entrega aos seus próprios desejos, será condenado assim como qualquer outra pessoa que rejeita a Cristo. Porém aquele homossexual que reconhece seus pecados e entende como isso é uma ofensa a Santidade do Senhor, ainda que possa ter que lutar contra seus desejos, ainda que seja transformado durante toda a sua vida por compreender a salvação como Obra de Cristo e entenda a dependência d'Ele, será Salvo. Lógico, que um grande tempo de caminhada na fé, sem mudanças, pode indicar que nunca houve salvação, mas é importante entendermos que o homossexual possa lutar contra seu pecado durante sua vida, e que dia a dia, como todos nós, ele vai sendo transformado pelo Espírito Santo.
Nosso dever é pregar aos homossexuais, como a todos os outros pecadores, pois "os são não precisam de médico, e sim os doentes"(Mateus 9.12).
Para terminar, queria usar uma ilustração, imagine que um dia você veja uma criança que come do lixo ao lado de um restaurante que você costuma frequentar, você se compadece da criança e dá a ela um lanche comprado no restaurante. Imagine que essa criança jogue esse lanche e continue comendo o lixo. Você pensará que essa criança é louca. A mulher foi o mais especial presente feito ao homem (Gênesis 2.20-24), pois foi feita da nossa própria carne, e também foi feita a imagem de Deus (Gênesis 1.27), de modo que só ela completa o homem e vice-versa. Na corrupção do coração do homem, ele prefere negar o mais especial presente de Deus e seguir seus próprios caminhos, como o filho pródigo em sua loucura ele desejava comer das alfarrobas que os porcos comiam (Lucas 15.16), mas a Graça de Deus pode fazer o homem tolo perceber que com o nosso Deus há "pão com fartura" (Lucas 15.17) e ainda que o homem tenha gastado toda sua vida na loucura do pecado, a Bíblia nos mostra como Deus pode nos receber, sendo ainda assim justo pelo preço que Cristo pagou na cruz, "Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se." (Lucas 15.20-24).
Autor: Ivan Junior


[1] A Ciência é incapaz de provar qualquer coisa, no futuro espero postar alguns textos relativos a essa questão, um texto interessante sobre esse assunto segue nesse link: http://www.monergismo.com/textos/apologetica/visao_biblica_ciencia_crampton.pdf
[2] No caso, quis dizer que muitos cristãos negam que herdemos o pecado original de Adão, creem que o homem seja naturalmente bom, mas isso naturalmente não é o que a Bíblia ensina.