24 dezembro 2012

Pregação – Como agir quando quem age mal é que se dá bem?


Texto Base – Salmo 73

Como agir quando vemos aqueles que são desonestos, mentirosos prosperando? Como agir quando vemos pessoas que desprezam a Deus se dando bem? Como nos sentimos quando aquela pessoa que mente e fofoca no trabalho é promovida enquanto quem realmente trabalha não é recompensado? Como nos sentimos se formos mal na prova que estudamos e aquele teu colega que foi na balada na noite anterior fez a prova de ressaca, colou e tirou uma nota maior do que a sua? Como agir quando aparentemente o bem não compensa?

Há em cada um de nós um senso de justiça, mesmo aqueles a que não tem conhecimento da lei de Deus “tem a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seu pensamentos , mutuamente acusando-se ou defendendo-se” (Romanos 2.15), ou seja temos uma consciência que nos faz clamar por justiça, ninguém gosta de ver alguém que seja comprovadamente um criminoso andando solto nas ruas, torcemos para que a justiça seja feita.
Porém muitas vezes vemos pessoas que fazem constantemente coisas erradas e que mesmo assim prosperam, por causa desse senso de justiça isso nos incomoda, isso também incomodou Asafe, e com ele iremos aprender a lidar com isso.
No hebraico o livro de Salmos é chamado de “louvores”  ou “Livro de louvores”. O nome Salmos vem da tradução grega do AT, a septuaginta.  O verbo grego de qual vem a palavra Salmos significa algo como vibração de cordas. O livro de Salmos é o hinário inspirado do Antigo Israel (e deveria ser base para nossas músicas também). O livro de Salmos também o livro do AT mais citado no NT.
O livro de salmos é portanto  uma coleção de canções do povo de Israel, eles nos mostram que o Povo de Israel são como os cristãos, nos ensinam que não há tanta diferença entre o verdadeiro judeu do AT e o verdadeiro cristão do novo, eles expressam sentimentos dos judeus que nos falam do relacionamento deles com Deus e olhando para eles podemos perceber que não somos tão diferentes assim.
Os 150 salmos são organizados em 5 livros os quais terminam com uma doxologia (veja Salmo 72.18-20), e esse além de ser o primeiro salmo do terceiro Livro, também é o primeiro de 11 salmos de Asafe.
Asafe inicia o Salmo com uma conclusão, depois dessa conclusão ele nos relata o que ele chegou a pensar no passado, mas agora ele não pensa mais desse modo, é como Asafe nos dissesse, “Sim, Deus é bom para com Israel, os de coração puro (o verdadeiro Israel), porém eu nem sempre pensei assim” Assim, Asafe começa a falar de um período em que por pouco ele não se desviou, um período no qual por pouco ele não caiu.
Asafe nos conta que invejava a prosperidade dos perversos, e então nos fala sobre a Imagem que ele tinha dos perversos.  Despreocupados, saudáveis, não se cansam ou se afligem, soberbos e violentos. “Os olhos saltam-lhes da gordura” isso pode estar ligado a cobiça, pela tradução que vemos da segunda sentença do versículo na Almeida Corrigida e revisada fiel “eles têm mais do que o coração podia desejar” (Salmos 73.7 ACF) Ou pode se referir como em outras versões apenas como a maldade no coração deles. Apesar de tudo isso assim, os perversos ainda falam contra Deus e usam sua língua para conquistar os homens, pelo que vemos no versículo 10 que podemos compreender que eles são populares “seu povo se volta para eles e bebem suas palavras até saciar-se” (Salmos 73.10 NVI). O povo se volta para eles no sentido de compartilharem do mesmo pensamento. Em tudo isso os perversos chegam a questionar a onisciência de Deus. “Como sabe Deus? Acaso há conhecimento no altíssimo?”(v.11). O salmo 36 nos fala que a transgressão diz ao ímpio “que a sua iniquidade não há de ser descoberta nem detestada” ele tem a ilusão de que Deus não saberá disso. No verso 12 Asafe conclui a imagem dos ímpios, é como se ele dissesse “assim são os ímpios e continuam enriquecendo”.
A Partir do verso 13 Asafe passa a falar dele, ele pensava do que adianta me manter justo se sou castigado. Vejamos que Asafe traça um contraste, os ímpios que fazem o mal e se dão bem, e ele que busca fazer o certo e se dá mal. Porém Asafe reconhece que agindo desse modo, passando pro lado dos ímpios ele teria traído o seu povo, lembremos que no verso 2 Asafe nos disse que quase escorregou, o que nos mostra que não devemos usar o exemplo de Asafe para justificar-nos quando nos sentimos assim visto que ele mesmo admite que estava errado.  Pensar sobre isso era uma tarefa pesada para Asafe, até que ele buscou em Deus e lá pode aprender aquilo que era difícil para ele.
Depois Asafe volta a falar sobre os ímpios, mas depois do aprendizado que ele teve do Senhor, o que Asafe nos diz é “isso certamente não ficará assim” como diz Davi no Salmo 37, falando sobre os ímpios “eles em breve definharão como a relva e murcharão como a Erva verde” (Salmo 37.2). Tu os colocas em lugares escorregadios, ou seja eles estão andando em um terreno perigoso e em breve irão cair. Compreendendo isso sobre os ímpios Asafe admite que quando pensava diferente ele era embrutecido, ignorante, irracional.
Asafe também mudou a perspectiva que ele tinha dele mesmo, e eu ainda que seja afligido tenho a Deus, ainda que eu desfaleça Deus é a minha fortaleza, ele é minha herança. O que importa é estar com Ele. Deus é suficiente.
Asafe termina concluindo o que ele aprendeu sobre os ímpios, serão destruídos e sobre ele que o bom era estar com Deus e proclamar os seus feitos.
O exemplo de Asafe nos ensina três coisas sobre como agir quando quem faz o mal é que se dá bem, quando parece que o bem não compensa.
1. Buscar as respostas em Deus e não em si mesmo. Asafe diz que era uma tarefa pesada refletir para compreender isso. Quando compreendemos que devemos buscar a resposta em Deus isso não significa ficar meditando esperando ouvir uma voz na nossa mente, não que não possam acontecer coisas assim. “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem.”(Deuteronômio 29.29) Deus se revelou através de sua palavra e nela devemos buscar respostas quando as coisas nos intrigam. “Porque o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento” (Provérbios 2.6). A perspectiva da Asafe só mudou quando ele buscou no Senhor as respostas, Cristo é a verdadeira luz (ver João 1.9) que nos impede de tatearmos no escuro, Ele se tornou da parte de Deus sabedoria (ver 1 Coríntios 1.30), Cristo nos diz “tudo quanto ouvi do meu Pai vos tenho dado a conhecer” (João 15.15b). Portanto somente nele podemos ter o verdadeiro conhecimento e encontrar as respostas para momentos difíceis. Foi buscar as respostas em Deus que evitou que Asafe escorregasse.
2. Compreender que Deus é justo– isso foi uma das coisas que Asafe pode aprender de Deus, “Porque o SENHOR é justo, ele ama a justiça.”(Salmo 11.7) “Justo és, SENHOR, e retos, os teus juízos.” (Salmo 119.137). No Salmo 37 Davi também lida com a questão da prosperidade dos perversos, e também demonstra essa confiança na justiça de Deus. “Os ímpios arrancam da espada e distendem o arco para abater o pobre e o necessitado, para matar o que trilha o reto caminho. A sua espada porém lhes transpassará o próprio coração, e os seus arcos serão espedaçados.” (Salmo 37 v.14-15). Mas é importante aprender também a esperar a justiça de Deus, “porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus.”(Gênesis 15.16) As vezes é como se Deus esperasse para manifestar sua justiça. Asafe aprendeu que tem de esperar por esse dia “o SENHOR ao despertares, desprezarás a imagem deles” (v.20). É por isso que Davi nos diz “Espera no SENHOR” (Salmo 37.34).
3. Aprender que Deus é o suficiente – você já parou para pensar que tolice seria você morar em uma mansão e ver um mendigo na porta da sua casa comendo do lixo e pensar “a eu aqui comendo lagosta e esse mendigo comendo esse apetitoso lixo fresco”. Quando Asafe tinha inveja dos arrogantes era desse modo que ele agia. Asafe percebeu que estar com Deus era o suficiente, de certo modo a única coisa que realmente importa, ou seja, ainda que os ímpios prosperassem era como ele estivesse comendo comida fina e os ímpios comendo lixo, ou talvez possamos falar como Paulo e usar o termo esterco. “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu SENHOR; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como ‘esterco’ para ganhar a Cristo” (Filipenses 2.8 – no original a palavra é esterco mesmo). Se diante de Deus tudo é esterco como posso querer outra coisa. “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Salmo 73.26). “Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no teu templo” (Salmo 27.4). O maior presente da salvação não é se livrar do inferno, mas reconciliar-se com Deus “que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” (2 Coríntios 5.18). O pecado trouxe separação entre homem e Deus, a recompensa da Salvação é se reconciliar com Deus. O mais importante no céu é a presença de Deus. “Então já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 22.5).
Aplicação
Aprender que Deus é justo pode ser uma boa ou má notícia para você, depende de que lado você está. Se você tem aprendido que estar com Deus é suficiente, tem prazer em servi-lo e se entristece de suas falhas, se você “pode ser achado em Cristo, não tendo justiça própria que procede da lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus baseada na fé;” (Filipenses 3.9) você tem motivos para se alegrar de lembrar que habitará na “casa do SENHOR todos os dias” (Salmo 27.4) durante toda eternidade.
Porém, se você também ouve a voz da tua transgressão em vão se enganando pensando que Deus não sabe, lembre que “o SENHOR ao despertares, desprezarás a TUA imagem” que “Deus destrói todos os que são infiéis para com ele”. Talvez você se pergunte, onde posso me refugiar, lembremos que Asafe disse que “No SENHOR Deus ponho o meu refúgio” (Salmo 73.28). Porém há um problema: como pode haver comunhão entre um Deus santo e um perverso como você? Lembremos que Ele é justo. A maior manifestação da justiça de Deus foi a cruz, nela o pecado do povo de Deus foi expiado de modo que pela fé em Cristo você pode se refugiar em Deus. “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Pedro 3.18). Pelo sacrifício de Cristo somos reconduzidos a Deus, e podemos n’Ele nos refugiar.
Que o Senhor Nosso Deus possa abençoar todos nós para que possamos nos refugiar n’Ele, pelo sacrifício d’Ele e para Glória d’Ele.
Autor: Ivan Junior

21 dezembro 2012

O Cristão e o sofrimento - Vincent Cheung



Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.      
(Tiago 1:2-4)[1]

Conforme Paulo escreveu em sua epístola aos Filipenses, ele considerou a expectativa de morte e disse “porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21).Se alguém pensa desse modo depende de quem ele é e do que ele valoriza. Ele era um cristão, de modo que para ele viver era servir a Cristo, e morrer era estar com Cristo. Embora ele estivesse ardente para servir a Cristo pela pregação do Evangelho e fortalecimento da Igreja, ele preferia muito mais a morte do corpo, de modo que sua alma pudesse ascender a Cristo. Ele era um cristão, desse modo ele tinha um relacionamento com Cristo. E ele valorizava a Cristo, de modo que ele valorizava a presença do Senhor acima de tudo.
Certamente esse é o modo correto de ver as coisas. Quando um cristão fracassa em pensar desse jeito, é porque a mente dele ainda não foi renovada. Ele precisa ser ensinado, não somente pelos homens, mas pelo Senhor. E ele pode ser ensinado porque a vida de Deus está nele. Mas um não cristão não pode fazer isso de qualquer modo, pelo o que ele é e o que ele valoriza. Ele é um não cristão, portanto ele não tem uma relação pacífica com Deus, e invés de considerar Cristo em alta estima, ele valoriza a indulgência da carne, e outros desejos e expectativas abomináveis.
O cristão compreende o valor do sofrimento. Agora não há valor no sofrimento em si. Algumas pessoas sofrem e se tornam cruéis. Algumas pessoas sofrem e blasfemam contra Deus. Sofrimento é construtivo somente quando é o tratamento de uma pessoa por Deus de uma maneira amorosa, para o propósito de treinamento e disciplina. Em outras palavras, sofrimento em si é sem significado, e é destrutivo aos réprobos. De outro modo, sofrimento fornece a ocasião para cristãos reconsiderarem seus caminhos, para fortalecer sua fé, para reacender sua compaixão, para renovar sua determinação para superar suas distrações e tentações, e expressar sua dependência de Deus pelo louvor e persistentes petições. Ele fornece ocasião para eles reavaliarem seus hábitos e suas prioridades, e abandonar todo peso que os embaraça.
Tiago escreve que deveríamos nos regozijar quando nós encontramos diferentes tipos de dificuldade, porque o teste de nossa fé desenvolve perseverança, que por sua vez é capaz de levar-nos a ser maduros e íntegros. Isso só pode se aplicar a cristãos, porque somente cristãos tem fé a ser testada em primeiro lugar. E somente cristãos irão desenvolver perseverança e outros frutos do Espírito quando sua fé é testada. Os estudantes de Cristo podem se regozijar quando encontram dificuldades porque eles querem desenvolver perseverança, eles querem se tornar maduros e íntegros. Quem nós somos e o que nós valorizamos nos distingue, e capacita-nos a encarar dificuldades com a atitude correta e se beneficiar do sofrimento.
Jó disse a respeito de sua provação “se me puser a prova, aparecerei como ouro” (Jó 23.10). Isso é apropriado em um tempo de fome, porque ouro é o que as pessoas não têm, em primeiro lugar. Jó estava em uma pobre condição, mas ele reconhecia um tesouro maior. Que benção é ter nossa fé refinada e purificada. Que benção é ter nossa fraqueza exposta e removida. Que benção é saber onde estamos com Deus, e de que estamos com Deus. Que benção é ganhar auto compreensão, para perceber onde nos iludimos sobre a grandeza de nossa fé, se nós de fato temos nos iludido, mas também obter a garantia que há uma fundação genuína, que Deus esta de fato trabalhando em nossos corações, do mesmo modo que lutamos, nós suportamos e nos tornamos mais fortes por causa disso.
Autor: Vincent Cheung
Fonte: CHEUNG, Vincent.  Faithful in famine, p. 11-12.
Original: Aqui
Tradução: Ivan Junior


[1] NT: Todas as citações bíblicas dessa postagem são da Nova versão internacional.

17 dezembro 2012

Uma só carne - Jay Adams


Os liberais possuem um jeito de renomear às coisas para torná-las aceitáveis.  Quando o ex-Presidente Clinton cometeu adultério ele chamou isso de um “engano”. É claro, foi pecado. Todos sabem que as palavras “escolha” e “feto” têm sido usadas para justificar assassinato. Recentemente, influentes autores politicamente corretos cunharam a frase “casamento de pessoas do mesmo sexo”. No entanto, de uma perspectiva bíblica, um nome adequado para essa atividade seria “homossexualidade legalizada.”.

Independentemente da tentativa de parceiros do mesmo sexo de justificar o “casamento” ao declararem em uma cerimônia que eles serão fieis um ao outro, Deus não irá perdoar ou aceitar os atos deles – mesmo se o estado eventualmente o faça. De fato, fazer votos para permanecer em tal relacionamento pecaminoso somente agrava a situação. Além disso, a igreja do Senhor Jesus Cristo nunca deve participar nem promover a legalização da homossexualidade. “Ministros” que o fazem seja por boa-vontade ou por coerção (caso venha chegar a isso) desse modo desqualificam a si mesmos como servos de Jesus Cristo. Em contraste, é nosso dever e alegria afirmar a visão bíblica do casamento – a união de uma mulher e um homem. Na Bíblia, vários fatos são claros: Foi o próprio Deus que uniu um homem e uma mulher em casamento (Gen. 2:22). Casamento, portanto, é uma instituição divina , não humana (Mat. 19:6). Consequentemente, Deus, não o homem, tem o direito de definir os termos da instituição.
E, como em outros artigos nessa edição do Tabletalk[1] vão deixar claro, homossexualidade e lesbianismo não são “naturais” (Rom. 1:6, 27). Quando Paulo usa a palavra phusis, para simbolizar aquilo que é contrario a “natureza”, ele fala de um ato que é contrário a criação – contrário ao modo do qual Deus designou os seres humanos para funcionarem sexualmente.
Não é como se os cristãos rebaixassem ou se opusessem a atividade sexual. Muito pelo contrário. Quando, dentro dos laços do casamento piedoso, o casal se compromete propriamente nas atividades sexuais, o leito conjugal é “despoluído”. De fato, para dissipar falsas, noções assépticas, o escritor dessas palavras urge todos os cristãos que “o casamento deve ser honrado” (Hebreus 13.4 NVI[2]). A visão distorcida que algumas pessoas têm do ensinamento cristão sobre sexualidade levaria você a acreditar que nós pensamos que o diabo, não Deus, foi à fonte dele. Muito pelo contrário, Deus requer a máxima expressão da atividade sexual amorosa, uma expressão que pode ser devidamente iniciada pelo marido ou pela esposa (1 Cor. 7:4-5). E é nessa mesma passagem que Paulo adverte que a falha em satisfazer os desejos sexuais do cônjuge leva a tentação por Satanás. Claramente, então, o casamento piedoso deve ser encorajado em todos os sentidos.
O casamento tem muitos propósitos, um deles é a procriação. Que é um assunto em si. Mas, nesse estudo, de maior importância é o fato que o casamento é para ser uma “realização” em si mesmo – algo que não é possível em um relacionamento homossexual. Na providência de uma parceira de casamento para Adão, Deus disse “far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gen. 2:18). A palavra hebraica traduzida como “idônea” na versão Revista e Atualizada significa literalmente, “que se aproxima a outra coisa.” Se você corta uma laranja[3] perfeitamente em duas, as metades vão se ajustar exatamente quando localizadas em adequada justaposição uma a outra. Mas se você dividir com um corte irregular nenhuma das duas peças irá encaixar com qualquer uma das metades do fruto anteriormente seccionado. São somente aquelas metades que se aproximam exatamente uma da outra que fazem um inteiro adequado. É o conceito de inteireza compartilhada que é inerente na passagem de Gênesis.
Homens e mulheres foram projetados para se tornarem “uma só carne” (Gen. 2:24). Mas não pode haver unidade a parte de um parceiro ou parceira que se tornam acessível um do outro em cada ponto. Essa “unidade” não é para ser pensada como meramente uma união sexual (embora ela certamente inclua isso). Preferencialmente, no pensamento hebreu, o termo “carne” refere-se não somente ao corpo físico, mas também a pessoa inteira. Quando Moisés descreveu a destruição da raça humana inteira (Exceto Noé e sua família), ele descreveu essa catástrofe como “o fim de toda carne”(Gen 6.13 ACF[4]). Certamente, ele se referia a mais que corpos quando usou essa frase. Antes, de um modo similar ao nosso uso da palavra “everybody”[5](Pela qual usamos nos referindo a mais do que carne e ossos), quando ele usa a palavra hebraica “carne” ele quis dizer “pessoa”.  Tornar-se “uma carne,” então, é tornar-se “uma pessoa”. Homens e mulheres cônjuges não somente se ajustam perfeitamente sexualmente, mas a masculinidade e feminilidade “preenche” ou “completa” um ao outro em cada detalhe. Os dois constituem um “inteiro”. Em um casamento adequado, o homem tem a oportunidade de ver o mundo por meio dos olhos femininos de suas esposas, e as mulheres pelos olhos masculinos dos maridos delas. Minha esposa trouxe cortinas de rendas em minha vida, eu trouxe botas sujas de lama na dela (algumas vezes sujando suas cortinas!). Relacionamento entre pessoas do mesmo sexo carece inteiramente de tal visão expandida do mundo.
O que dizer dos solteiros? Ele ou ela devem ter carência dos benefícios dessa perspectiva dos casados para sempre? Talvez, mas Deus compensa isso. Quando Jesus falou da indissolubilidade do casamento, exceto por adultério e deserção, os discípulos (que sem duvida conheciam os ensinamentos do Rabino Hillel de que quase qualquer coisa desagradável poderia constituir base para o divórcio) disse, “Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar.” (Mateus 19.10). Agora, claro, eles casaram de qualquer modo (1 Cor 9.5). Mas, em resposta a resposta precipitada deles, Jesus explicou que nem todo mundo tem a capacidade de viver a vida de solteiros, a qual Ele declarou é somente “aqueles a quem é dado” (Mat 19.11). Claramente, para compensar o fato que “Não é bom que o homem esteja só” (Gên 2.18[6]), Deus concede dons a tais pessoas para “capacitá-las” para um serviço especial,  ministerial completo, no qual Ele espera então que elas o executem. (veja Gen 3.12b; 1 Cor 7.7).
Casamento, desempenhado de um modo escritural, fornece grandes benefícios. É somente necessário ler Efésios 5:21-33 para entender como, em refletir o relacionamento de Cristo e Sua igreja, casamento pode fornecer uma das maiores alegrias possíveis. No que é amor, carinho, relacionamento íntimo, sexo sem restrições e assim por diante. Quanto Deus quer explicar a plenitude da futura glória que nós teremos em união com Cristo, Ele escreve “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.” (Apocalipse 19.7-9)
Para descrever o perfeito, glorioso evento, perceba que Deus usa a metáfora do casamento. A partir disso, nós deveríamos aprender não somente que o casamento é bom e santo, mas que Deus pretende que ele seja uma benção maravilhosa a humanidade. Quão trágico é corromper e manchar seus atributos ao usar a palavra casamento para descrever homossexualidade legalizada! Pela misericórdia, apesar de a homossexualidade ser um modo de vida pecaminoso, e não um problema genético, Paulo torna claro que é possível para um homossexual ser “lavado” de sua contaminação por meio da graça salvadora de Jesus Cristo. Porém, não são somente os incrédulos que são capturados nesse pecado que Deus irá repreender severamente, mas também aqueles Cristãos que falham em exibir e aproveitar tudo que o casamento pode ser. Uma coisa é condenar a homossexualidade; outra  é viver uma vida conjugal que por si só o condena por contraste. E é então, nosso privilégio não somente estabelecer os prazeres dessa maravilhosa instituição ordenada por Deus, mas pelo modo nos quais nós honramos o casamento nós expomos a glória de Deus.
Aqueles que lerão essas palavras são principalmente crentes em Cristo. Se, acidentalmente, alguém que não é parte do Povo d’Ele estiver lendo, deixe me exortá-lo para que entre no  maior relacionamento possível tanto agora como pela eternidade ao tornar-se parte da noiva de Cristo. Essa noiva é Sua igreja, há qual um dia será “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.”(Efésios 5.27). Que transcende até mesmo o sexo (Mateus 22.30).
Autor: Jay Adams é um professor, autor e orador aposentado, que reside em Enoree, Carolina do Sul, EUA.
Tradução: Ivan Junior
Revisão: João Vitorino Franco Filho
Original: Aqui 

Um argumento pedobastista de Paulo - Kevin DeYoung


“Romanos 4.11 E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso;”
Se a circuncisão foi para Abraão um selo da justiça da fé, então nós não podemos dizer que o corte da carne foi simplesmente um marcador de identidade étnica ou um mero sinal de importância física. A circuncisão foi um selo das mais profundas realidades espirituais, um sinal visível do perdão dos pecados e justificação pela fé. Assim como o batismo seria séculos depois.

E se esse sinal espiritual – um selo da justiça que vem pela fé – foi administrado a Abraão e seus filhos pequenos, então nós não podemos dizer que a coisa significada deve sempre estar presente antes de o sinal ser administrado. Isaque foi circuncidado, e Ismael também foi – a ambos foi dado o sinal da justificação somente pela fé antes do exercício da fé. Assim como o batismo infantil.
Então quer o batismo infantil faça sentido para você ou não – e eu respeito profundamente meus amigos não pedobatistas em minha igreja e na igreja em geral – não poderíamos nós ao menos concordar que a importância espiritual básica da circuncisão e do batismo é a mesma, e que há precedência bíblica para administrar um sinal espiritual sem a presença imediata da coisa significada?
Faz sentido para mim.
Autor: Kevin DeYong
Original: Aqui
Tradução: Ivan Junior

14 dezembro 2012

A Criação e a queda do homem


Quando fabricamos alguma coisa, a fabricamos com certo propósito. Se faço um relógio[1], o faço com intuito de que alguém olhe as horas por meio dele, se o relógio para, ele perde a função para qual foi feito e se torna inútil. Para compreendermos o papel do homem, é essencial que entendamos sua criação. Se acreditarmos que o homem, não é nada mais que o produto da evolução[2], não podemos dizer que ele tenha um propósito ou uma função. Portanto, é inevitável que uma sociedade que creia no homem como produto da evolução desdenhe de qualquer tentativa de atribuir papéis diferentes para o homem e a mulher. Uma visão assim, complementarista e não igualitarista[3]seria inconsistente com o evolucionismo.

Mas ao contrário, se cremos na Bíblia, e com isso crermos que o homem foi criado, compreenderemos que ele foi feito com determinados propósitos. Por isso, vamos dar uma olhada nos textos que nos falam sobre a criação do homem e ver o que eles nos ensinam:
 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez. (Gênesis 1.26-30)
No primeiro capítulo de Gênesis vemos a criação do homem e da mulher de modo menos específico do que no capítulo 2, ainda assim podemos tirar alguns ensinamentos desse texto.
Primeiro vemos que o homem e a mulher foram criados à Imagem e Semelhança de Deus. Há grande discussão sobre o que isso significa, não entraremos em detalhes aqui, mas podemos fazer algumas considerações sobre isso.
1. O Homem e a mulher são diferentes de todos os outros animais, apenas com eles Deus se comunica, apenas a eles é dada uma lei a ser cumprida e por causa disso só homem e mulher podem pecar;
2. Com Gênesis 9.6[4]e Tiago 3.9[5] em mente compreendemos que apesar de danificada a Imagem de Deus no homem se mantem depois da queda, é essa imagem que faz com que humanos sejam humanos, ou seja o homem não deixou de ser humano depois do pecado;
3. Homem e mulher foram criados a Imagem e semelhança de Deus, isso significa que os dois são iguais em essência, ambos pagam pelos seus erros e ambos podem ser salvos por Cristo (veja Gálatas 3.28[6]).
Além disso, vemos que tanto ao homem quanto a mulher foi dado o que costuma-se chamar de mandato cultural: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” Cabe aos dois a tarefa de domínio sobre a natureza[7], porém como veremos no capítulo dois de Gênesis o modo como os dois farão isso é diferente. Algo que gostaria de salientar aqui é o “multiplicai-vos”, essa é uma função em que homem e a mulher dependem totalmente um do outro[8], isso reforça que apesar de serem em essência iguais, e em função diferentes um necessita do outro.
Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. (Gênesis 2.7)
Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.  Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.  Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles. Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea. Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem:
Esta, afinal, é osso dos meus ossos
e carne da minha carne;
chamar-se-á varoa,
porquanto do varão foi tomada.
Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. (Gênesis 2.15-24)

No capítulo 2 vemos especificamente a criação do homem e da mulher. Nesse texto há muitas coisas que devemos notar. Vemos que o homem foi criado antes da mulher, nas cartas de Paulo ele argumenta o papel de submissão da mulher baseado na ordem da criação (veja 1 Timóteo 2.13[9]). Depois vemos que Deus colocou o homem para cultivar e guardar o jardim, e que somente ao homem foi dada a ordem de não comer da árvore do bem e do mal. Continuando no texto, vemos que ao homem foi dada a função de dar nome aos animais, o que ele fez, esse ponto é muito importante porque o ato de nomear representa a autoridade e vemos que isso significa que o homem tem autoridade sobre os animais.
Depois de vermos no relato da criação várias vezes a expressão “era bom” vemos que pela primeira vez Deus diz “Não é bom”. Apesar do homem cumprir com as tarefas que lhe foram designadas, ao contrário do que acontecia com os outros animais o homem não tinha uma auxiliadora idônea, uma auxiliadora semelhante a ele que o completasse. Deus então toma uma costela de adão e forma a mulher.
1. O fato da mulher ter sido feita da costela do homem mostra que em essência a mulher é igual ao homem “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.;
2. O fato da mulher ter sido feita da costela do homem reforça que ela deve ser submissa ao homem (veja 1 Cor 11.8[10]);
3. O fato da mulher ter sido feita da costela do homem demonstra que o homem é incompleto sem a mulher “Não é bom que o homem esteja só”
4. O fato da mulher ter sido feita da costela do homem implica que só ela pode completar o homem “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
Percebemos quão alegre ficou Adão quando Deus lhe trouxe sua mulher, tanto que ele compôs uma espécie de canção a ela, na qual ele reforça o fato de ela ser igual a ele “osso dos meus ossos e carne da minha carne;” mas nessa canção Adão também da um nome a sua esposa, e isso reforça que ele tem autoridade sobre ela.
No final do capítulo 2 vemos a instituição do casamento, a ideia do casamento é que o homem deixe Pai e mãe, isso indica que é o homem que deve tomar a atitude de encontrar a mulher. Todo romantismo (lembremo-nos da canção de Adão para Eva), cortejo e cavalheirismo[11]se baseiam no fato de que o homem deve conquistar a mulher, e não o contrário. Além disso, vemos que no casamento os dois voltam a ser um, assim como na criação de um foram feitos dois no casamento de dois se faz um. Qualquer tentativa de independência de uma das partes em um relacionamento matrimonial vai contrariamente ao próprio princípio do casamento, pelo qual os dois agora são um.
“Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis.  Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.  Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?  Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?  Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” (Gênesis 3.1-12)
E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás. E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos. (Gênesis 3.17-20)

Esse texto é muito rico em nos elucidar alguns pontos sobre a liderança masculina. O primeiro fato que nos intriga é o que o homem estava fazendo enquanto sua mulher conversava com a serpente. Vemos com isso que o homem falhou em seu papel de tomar conta da mulher que o próprio Deus o deu. Depois além dessa falha Adão é convencido pela sua mulher a comer o fruto. Apesar de Adão ter autoridade sobre sua esposa, ele descuidou dela de modo que ela ficou vulnerável a serpente, e que ele também obedeceu a ela comendo do fruto que ela o deu.
Deixar que a esposa mandasse nele, fez Adão arranjar uma desculpa em relação ao seu pecado “A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” Essa atitude de Adão, nos mostra porque constantemente os homens fogem da liderança, porque ela implica em responsabilidades das quais como Saul queremos nos esconder, é mais fácil deixarmos as mulheres liderarem e arcarem com as responsabilidades implicadas no exercício da liderança.
Apesar de Eva ter comido o fruto primeiro, apesar de Adão fugir de suas responsabilidades como líder, ainda assim, é com Adão que Deus fala primeiro. Somente ao homem tinha sido dada a ordem de não comer do fruto (isso implica que o homem deve ensinar a mulher a Palavra de Deus), e ainda que a esposa dele falhasse nesse papel, a responsabilidade era também dele.
Mais adiante, o texto mostra que o trabalho, que já existia antes da queda, se tornaria mais difícil ao homem, e que ao homem foi dito “em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida”.
Por fim, vemos novamente uma atitude de autoridade do homem sobre a mulher, ele novamente deu nome a ela, chamando-a de Eva.
Como poderíamos resumir o que a criação e a queda nos ensinam sobre o papel do homem? Ensinam que o homem tem autoridade sobre a mulher, que em essência ela é igual ao homem e que é a única que pode completar o homem, além do homem ser responsável por protegê-la e ensiná-la sobre a Palavra de Deus.

Autor: Ivan Junior (esse texto é o capítulo de um livreto sobre a liderança masculina, que em breve pretendo divulgar).



[1]O Pastor Conrad Mbewe usa o relógio como exemplo para falar sobre o inferno, jogamos fora o que não cumpre sua função, no inferno é como se fossem jogados fora aqueles que não vivem para o propósito de servir seu criador.
[2]Vamos considerar aqui evolução, como a crença de que de um ser vivo formado só por uma célula evoluiu em bilhões de ano formando todas as espécies de animais que existem hoje.
[3]Uso esses termos com os seguintes significados: Complementarista, vendo o homem e mulher apesar de iguais em essência com papéis diferentes mas complementares, e igualitarista vendo que homem e mulher devem desempenhar os mesmos papéis.
[4]Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.
[5]Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
[6]Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
[7]O Paganismo, vê o homem como dominado pela natureza, enquanto no Cristianismo é o homem que deve dominar a natureza.
[8] No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus. (1 Coríntios 11.11-12)
[9]Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva.
[10]Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem.
[11] Isso não significa que a conquista acaba quando o homem se casa, visto que pelo próprio propósito do casamento o divórcio é proibido, cabe ao homem conquistar a mesma mulher todos os dias.